domingo, 1 de outubro de 2017

Novidade do produto pelo resultado ?


Segundo David Pressman: “é muito difícil para os inventores distinguir entre uma diferença física e um novo resultado. Quando eu pergunto aos meus clientes: qual a diferença física de sua invenção ? Eles geralmente me respondem que ela é mais leve, rápida, segura, barata, portátil e assim por diante. Contudo estes fatores são resultados ou vantagens e não diferenças físicas e são importantes fundamentalmente em uma análise de não obviedade e não de novidade. Desta forma, elas não ajudam sua invenção atender ao requisito de novidade. Novamente, uma nova característica física deve ser uma diferença de hardware (incluindo operacional, ou seja, o hardware funcionando de outra forma), por exemplo, um elemento tendo um formato diferente, um material diferente, um tamanho diferente, uma disposição de elementos diferente, etc [...] Uma diferença física pode também ser sutil ou menos evidente em termos de hardware, um vez que ela se manifesta em um diferente modo de operação. Aqui alguns exemplos: (a) um circuito amplificador que parece o mesmo mas que opera de modo diferente por exemplo em Classe A ao invés de Classe B, (b) um circuito que fisicamente pe o mesmo mas que opera sob controle de um software diferente, (c) uma bomba que parece a mesma mas que opera em um nível mais alto de pressão, e, desta forma, em um modo diferente, (d) uma reação química que ocorre em condições de temperatura e pressão substancialmente diferentes. Todas estas invenções são consideradas novas, muito embora pareçam as mesmas à primeira vista”.[1]
 



[1] PRESSMAN, David. Patent It Yourself, California:Nolo, 2009, p.104

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